JACOB BARNETT


Para quem leu o livro Brilhante com a estória da mãe dedicada a um filho que os médicos deram terríveis prognósticos, aqui está ele. Jacob Barnett simplesmente brilhando!!

Documentário premiado da BBC feito por menina autista. Simplesmente MÁGICO!!!


16 IDEIAS PARA ACALMAR SUA CRIANÇA AUTISTA

1. USE ROTINAS, NÃO LINGUAGEM ORAL.
2. MUDE O AMBIENTE, NÃO A CRIANÇA.
3. USE REGRAS E AS SIGA!
4. MANTENHA SUA CREDIBILIDADE!
5. NEGOCIAÇÃO NÃO É SÓ PARA ADULTOS!
6. QUEBRE OS DESAFIOS EM PEQUENAS ETAPAS.
7. DÊ RESPONSABILIDADE ÀS CRIANÇAS!
8.TRABALHO EM EQUIPE É UM SUCESSO!
9. SEJA PRÓ-ATIVO EM RESOLVER CONFLITOS .
10. AÇÕES FALAM MAIS QUE PALAVRAS!
11. TUDO QUE É FEITO É BASEADO EM RESULTADOS.
12. ENSINE COM CONSEQUÊNCIAS.
13. CHEIRE ROSAS! PENSE POSITIVO!
14. ESCUTE COM O CORAÇÃO.
15. BRINQUE SEMPRE COM O QUE FOI ASSIMILADO E APRENDIDO.
16. SÃO AS PEQUENAS CONQUISTAS QUE CONTAM!

COMEÇANDO A ALFABETIZAÇÃO

Nossos alunos autistas são muito visuais. Eles aprendem de forma mais eficiente quando imagens são mostradas e/ou pareadas com dicas verbais.
Para que seu aluno aprenda a ler, faça cartõezinhos com a família das sílabas. Assim como nós aprendemos no passado: BA, BE, BI, BO, BU e assim vai.
Mostre para seu aluno e peça para que ele repita as sílabas. Comece com uma só família. Colete dados. À medida que ele for assimilando aquela família, acrescente outra. Ele melhora a percepção e a fluência. Aos poucos, quando ele aumentar o repertório de sílabas, mostre palavras que contenham as famílias assimiladas. Peça para relacionar as palavras com os desenhos das respectivas palavras para checar se ele entende o que está lendo. Faça muitas vezes e registre! Com menos tempo que você imagina, ele estará lendo. Boa sorte!!!

TRENZINHO DA CONVERSA

Excelente ideia para ajudar seu aluno a esperar a vez, manter-se no tema e revezar. Você pode começar com: "Eu gosto de assistir a Tartarugas Ninjas". Se seu aluno não comentar, você pode dar uma ajuda intraverbal dizendo: "Eu gosto..." e aponte para uma figura de um programa de televisão.
Aí vocês vão completando o trenzinho.
Faça isso várias vezes durante o dia e colete dados.  
Seu aluno vai melhorar a atenção, o foco na conversa e a fluência!
Livro da professora Rita Vieira de Figueiredo. Ótima leitura para quem trabalha com inclusão.
"Os educadores se esquecem, no entanto, de que é o contexto que denomina o aluno de especial, são as singularidades que fazem com que as diferenças apareçam e requeiram respostas variadas do meio. Esquecem, também, a capacidade de criar, inovar, a capacidade de dar respostas às diferenças. A falta de habilidade em lidar com essas pessoas com deficiência é fruto da não convivência com elas, pois, como não convivemos diariamente, não criamos padrões de comunicação. Consequentemente, sentimos dificuldades para nos comunicar com elas. Atitudes como estas estão arraigadas culturalmente, chegam a ser viscerais em nossa sociedade". (p. 31)

COMO TRABALHAR COM PLANO EDUCACIONAL INDIVIDUALIZADO

SISTEMA OU ECONOMIA DE FICHAS


ABA (em inglês Applied Behavioral Analysis) é uma ciência baseada na teoria de Skinner onde se acredita que todo comportamento é modificável. Um dos princípios do ABA é o trabalho com reforços positivos. Reforço positivo é o estímulo que o aluno precisa para se sentir motivado a aprender. É claro que um aluno que tem algum tipo de dificuldade vai, conseqüentemente, ter a auto estima baixa não querendo fazer tarefas ou prestar atenção. Com a auto estima sempre flutuante, essas crianças precisam desse empurrão para se manterem focadas na aprendizagem.

O sistema de ficha é um tipo secundário de reforçamento. O que a ficha é um estímulo neutro que tem pouco significado como ficha em si. Contudo, quando as fichas são associadas e trocadas pelo reforçamento escolhido pelo aluno, as fichas podem tornar a aprendizagem muito mais motivadora.

Dinheiro é, provavelmente, a economia de fichas mais conhecida. Não tem nada motivante em cédulas de papel. Todavia, porque usamos essas cédulas de papel para comprar comida, entretenimento, acessórios, livro, etc, elas se tornam extremamente reforçadoras e nos sentimos motivados para trabalhar muito para obtê-las.
Listados abaixo estão alguns objetivos da economia de fichas:

Aumenta a demora de entrega do reforço – a economia de ficha é uma maneira para construir na criança a habilidade de espera para seus reforços positivos e atividades. Ela consegue (concretamente) ajudar a criança a entender o quanto ela tem que fazer para chegar a algo realmente divertido!

Aumenta a noção do tempo – o sistema de fichas ajuda as crianças que têm pouca noção de tempo. São aquelas que perguntam constantemente quando a atividade acaba ou se levantam muito da cadeira. Elas passam a compreender e literalmente a visualizar o quanto tem que esperar ou quanto tempo vão ter que ficar naquela atividade.

Diminui a saciação – com o aumento do número de respostas para obter um reforçador primário ou secundário, o sistema de fichas diminui as chances da criança ficar satisfeita e saciada por escolher um único tipo de reforço. Com essa estrategia, ela demora um pouco mais para ter acesso ao que escolheu.

Aumenta as chances de aprendizagem – quando se faz a entrega de reforços em espaços curtos diminui a concentração da criança porque a cada uma ou duas
respostas é entregue a atividade (ou comida) preferida. Recompensando a criança com uma ficha é rápido, objetivo e permite intruções mais fluidas.

É mais natural – em muitas instituições escolares, não é comum se ver professores andando pelos cantos entregando balas, bolhas de sabão ou fazendo cosquinhas a cada resposta certa. Usando as fichas atrasa-se a entrega de reforços mais óbvios tornando o sistema de fichas menos intrusivo para ser usado dentro da sala.

Aumenta a seleção de reforços – porque reforços são entregues depois de um determinado número de respostas, atividades mais longas podem ser usadas como videos ou músicas. Apenas alguns minutos do video podem dispersar a criança. Mas se ela gostar muito de um determinado video, talvez esteja disposta a esperar mais, ou seja, ganhar algumas fichas para enfim ter acesso a um tempo maior do video.

Um desenho do reforço para qual a criança está trabalhando deve estar visível durante todo o tempo de trabalho. Isso acontece para continuamente lembrar à criança que ela está trabalhando para ganhar aquilo que escolheu.. Como são crianças muito visuais, o sistema em si ajuda a criança a entender e a literalmente ver o que ela vai ganhar no final.

É claro que para que o sistema se torne eficiente, começa com a entrega de uma ficha apenas depois de uma resposta certa. Quando a criança entender que é assim que funciona o sistema, durante uma cuidadosa coleta de dados, aí se passa para uma ficha a cada duas respostas e assim por diante.

É EXTREMAMENTE importante que se fale uma frase positiva quando a criança passar a ficha de um canto para outro. Frases do tipo: “Adoro o jeito que você está sentado!”,  “Uhu! Você está prestando atenção!”. “Fico feliz quando você ouve a tia!”. Com o pareamento das frases e entrega das fichas, vai facilitar a transição das crianças do token para apenas o elogio.









COMO FAZER?
            Pegue um pedaço de cartolina de qualquer cor lisa e recorte um retângulo de 20 cm por 15cm. Plastifique. Faça uma linha horizontal de velcro e cinco ou seis quadradinhos de mais ou menos 1cm e meio.  Cole a linha de velcro na parte inferior da cartolina e os quadradinhos espaçados de forma igual, acompanhando o traçado da linha de baixo. Para facilitar a transição na escola e manter o interesse do aluno, é aconselhável colocar a cartolina numa prancheta pequena para que o aluno carregue de um lugar para outro.




As fichas podem ser adesivos, figuras de personagem de desenhos animados preferidos da criança, peças de lego, de quebra-cabeça, botões ou moedas. O importante é que a criança aprenda que, se ela fizer o que foi designado para ela, ela irá receber uma ficha. Depois de várias performances corretas, ela colecionará fichas que poderão ser trocadas por uma atividade ou comida favorita.
Esse estratégia de ensino usada, muitas vezes, com crianças autistas, funciona muito bem com aquele aluno que não pára quieto na sala de aula. As crianças desempenham um comportamento aceitável para acumular as fichas. Com isso, elas aprendem a se auto-regular esperando um pouco para fazer ou comer alguma coisa de que eles realmente gostam.
Em vez de escrever tracinhos ou desenhar carinhas no quadro quando a criança não se comporta em sala, o professor pode usar esse a economia de fichas. É mais discreto e reforça-se as atitudes corretas em vez das negativas. Com esse sistema colado na carteira, o aluno aprende a se auto-monitorar, não chamando muito a atenção das outras crianças. Manter a discrição no caso de um aluno que gosta de chamar a atenção dos colegas ajuda a re-direcionar o foco daquele aluno.
Vamos supôr que o aluno gosta de se levantar da cadeira. A professora prepara um sistema de fichas para reforçar todas as horas que ele se senta na cadeira. Comece sempre com um  intervalo pequeno, digamos, 2 minutos. Se a criança gosta muito de futebol prepare, por exemplo, seis bolas de futebol como fichas. Nos primeiros 3 minutos que ele ficar sentado, ele é instruído a mover uma bola da linha para o quadradinho. É aconselhável cortar as bolas, plastificá-las e colar velcro atrás de cada figura. Mantenha as bolas enfileradas na linha de baixo para que o aluno possa mover as bolas que for ganhando para a linha de cima. Se por acaso o aluno se movimentar, perde o direito de mover as bolas. Cada vez que ele conseguir mover as bolas (por ficar 2 minutos sentado na cadeira), o professor deve também elogiar o esforço: Parabéns, você conseguiu ficar sentado durante 3 minutos, pode mover uma bola!

EM POUCAS PALAVRAS...
  • É muito importante que o elogio seja feito ao mesmo tempo que a criança move uma “ficha” para a linha de cima. Seja sincero e entusiasta!
  • Comece sempre com uma ficha. Avance gradualmente para duas fichas, três, quatro até quantas você achar necessário.
  • O repasse das fichas acontece da esquerda para a direita, ajudando na aquisição da pré-escrita.
  • Saiba que o sistema de fichas deve ser temporário até que o aluno aprenda  a se controlar para deixar o sistema de fichas de lado e continuar se comportando direito reforçado apenas por elogios.
  • O aluno aprende a esperar.
  • É ótimo para trabalhar alguns pontos matemáticos como: “Quantos adesivos/ moedas faltam?” , “O que acontece quando você passa mais um adesivo/moeda?”,  “Quantas  moedas você já conseguiu?”
  • O aluno não perde interesse na recompensa porque em vez de ter acesso a ela a cada performace de bom comportamento, só a recebe depois de cinco ou seis performances corretas.

Bibliografia consultada

  • LOVAAS, O. Teaching Individuals with Developmental Delays - Basic Intervention Techniques, 2000.
  • MANTOAN, Maria Teresa Égler; PRIETO, Rosângela Gavioli. Inclusão Escolar: pontos e contrapontos. Summus Editorial: 2006.
  • WALLIN, Jason M. – Visual Supports. http://www.polyxo.com/visualsupport/tokeneconomies.html




ALGUMAS ESTRATEGIAS PARA INCLUSÃO DE SEU ALUNO AUTISTA!

  texto adaptado de Sue Larkey

1.Utilize o interesse especial da criança para motivá-la.
2. Monte clubes de xadrez, desenho, música durante o recreio. É mais fácil para as crianças socializarem. Ou, como sempre digo, deixe que a criança traga brinquedos industrializados. Se a escola reservar uma sala ou um espaço delimitado para que as crianças possam jogar jogos de tabuleiro, melhor ainda!!! Dicas: Dentes do Crocodilo, Pula Pirata, Pinote, Puxa Batatinha, Candyland, etc.
3. Deixe que as crianças com transtorno do espectro autista frequente a biblioteca durante o recreio, antes da aula começar ou no final do turno. Bibliotecas são lugares calmos e ambientes relaxantes.
4. Mantenha uma rotina quando possível.
5. Como educador, não entenda que as birras ou comportamentos são pessoais para agredir você.
6. Mantenha limites.
7. Tenha regras e expectativas claras.
8. Tenha sempre um plano B para proteger professores e alunos.
9. Mantenha um bom vínculo com a criança.
10. Seja claro sobre o que você espera do aluno. Lembre-se: eles são muito literais!